Pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) , em parceria com o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), identificaram o fóssil de uma nova espécie de peixe pré-histórico, na Península Antártica.
O exemplar articulado viveu entre 145 e 66 milhões de anos atrás, durante o período Cretáceo. O fóssil é o mais bem preservado já descoberto na região e foi encontrado durante expedição do projeto Paleoantar, realizada entre 2018 e 2019, iniciativa que reuniu pesquisadores de diversas especialidades e instituições brasileiras.
O processo da pesquisa durou cinco anos, tendo se iniciado com a chegada do fóssil ao Brasil e terminado com a reconstituição tridimensional, como explica Valéria Gallo, bióloga e professora titular do Departamento de Zoologia da Uerj:
“A gente começou a olhar as figuras lá em 2021, começamos a meter a mão na massa mesmo em 2022, 2023. Em 2024 a gente finalizou, aí começamos as descrições, os desenhos, a elaboração das estampas e a escrita, né, do trabalho.”
A especialista dá mais informações sobre a forma como o fóssil foi encontrado:
“O peixe vinha dentro do que a gente denomina concreção calcária. Ele está preservado nessa estrutura geológica, nessa estrutura sedimentar, vamos dizer assim, nessa rocha, não é nem uma estrutura, nessa rocha, e essa concreção de fato possibilita uma fossilização muito boa. Ela protege, ela preserva bem o fóssil.”
Segundo a Uerj, o estudo reforça a importância da análise de fósseis de flora e fauna que servem como referência para prever como os organismos podem reagir ao aquecimento global atual, contribuindo para traçar estratégias de conservação.
*Com informações da Agência Brasil.
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