Que o projeto da Cidade Universitária se tornou a ruína dos sonhos de milhares de jovens amazonenses, isso todo mundo sabe. Mas, já se perguntou o daria para fazer com R$ 300 milhões? Esse foi o questionamento levantado pela pré-candidata ao governo estadual Professora Maria do Carmo (PL), que traz números impressionantes da obra que é um dos maiores escândalos da má gestão pública no Amazonas.
“Aqui, mais de dois mil alunos poderiam estar estudando todos os anos. Só restam abandono e um pensamento que não sai da cabeça dos amazonenses: R$ 124 milhões gastos numa obra fantasma. E cadê o dinheiro? Ninguém sabe, ninguém viu”, denuncia a pré-candidata em um vídeo publicado em suas redes sociais nesta segunda-feira, 22/9.
Segundo a Professora, com o valor total previsto para obra – R$ 300 milhões – daria para construir quase 200 escolas, mais de 2.600 casas populares, mais de 10 hospitais e mais de 180 quilômetros de asfalto. Em valores corrigidos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país, o montante corresponde, atualmente, a quase R$ 553 milhões.
“Conheço o valor da educação. Desde quando comecei a dar aula, aos 16 anos, até quando consegui erguer o primeiro prédio da nossa faculdade, um prédio que custou R$ 3 milhões, ou seja, 100 vezes menos que o projeto dessa obra fantasma”, compara Maria do Carmo. “Qual é o problema dessa velha política? Se fiz tanto, com muito menos?”, indaga.
Para a pré-candidata o problema não é a falta de recursos públicos para que Manaus e o Amazonas avancem e para que a população tenha uma melhor qualidade de vida. “O que falta é caráter, gestão e compromisso de verdade com as pessoas”, defende.
Maria do Carmo encerra o vídeo, gravado em meio aos escombros da obra, reforçando a mensagem de renovação na política local. “A mudança que eu represento, e que muitos desejam, pode apostar, é bem diferente desse esqueleto aqui atrás de mim. Mudar é urgente. Mudar só depende da gente”.
FOTOS: Assessoria MC