São Luís do Maranhão recebeu, nesta semana, a Conferência Estadual Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, evento que reuniu 80 projetos escolares voltados para a construção de um futuro ambientalmente equilibrado e socialmente justo, com foco na Justiça Climática.
Todos os projetos foram idealizados por estudantes de escolas públicas estaduais, indígenas, quilombolas, urbanas e rurais. Os delegados da conferência são crianças e adolescentes de 11 a 14 anos, matriculados do 6º ao 9º ano do ensino fundamental.
Durante o evento, os estudantes apresentaram propostas elaboradas nas escolas, com soluções para promover a sustentabilidade nos seus territórios, utilizando desde tecnologias sociais simples até ações de mobilização comunitária e preservação ambiental. Os projetos abordam, por exemplo, temas como uso racional da água, reciclagem, agroecologia, energias renováveis, conservação da biodiversidade e enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas.
A coordenadora de Educação Ambiental da Secretaria de Educação do Maranhão, Adriana Alves, ressalta a importância do engajamento dos jovens na preservação dos biomas locais.
“O Maranhão é um território que está, principalmente, dentro do bioma amazônico, uma parte do Cerrado, e as discussões desses alunos, desses estudantes, desses delegados, têm como foco a discussão das questões do meio ambiente desses dois biomas, desses locais de moradia dele. Então, como eles, enquanto estudantes, podem ser protagonistas das mudanças no cenário do meio ambiente do estado do Maranhão? E essa educação ambiental passa, sobretudo, pela educação de jovens e crianças”.
A ação contou com a mobilização de 495 escolas maranhenses, que desenvolveram seus próprios projetos. As propostas selecionadas nessa etapa estadual vão representar o Maranhão na VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que acontece entre os dias 6 e 10 de outubro, em Brasília, com o tema “Vamos Transformar o Brasil com Educação e Justiça Climática”.
O professor Manuel Maximiano que participou com um projeto de reflorestamento, destacou que a experiência vai além da sala de aula, gerando conhecimento que será replicado na comunidade escolar.
“É uma experiência de muito aprendizado, a gente leva na bagagem aprendizado acima de tudo, uma experiência nova para a nossa escola também, a nossa aluna que chegou até aqui ficou muito feliz por ter participado e a gente tenta replicar tudo que a gente aprendeu”.
Para a estudante Taíssa Viana, de 14 anos, a troca de experiências entre colegas de outras escolas superou as expectativas. Ela conta o que vai levar de ensinamento e aprendizado da conferência em São Luís.
“Os projetos, a preservar mais o ambiente, a cuidar mais dele, e a olhar mais de outra forma. Foi uma experiência incrível, e vou guardar essa para sempre.”
As ações da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente fazem parte da preparação do país para a Conferência do Clima da ONU, a COP30, que começa no dia 10 de novembro, em Belém, do Pará.
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